Você se lembra do que assistia quando era criança? Você acompanhava alguma série de super-herói? Você sabe que você pode aprender algumas coisas com essas séries ainda hoje se lembrar delas e eu aposto que você se lembra.
Eu me lembro. Quando eu era bem pequena, eu assistia alguns tokusatsu (aquelas séries japonesas de super heróis) como o Jaspion e Kamen Rider Black (os Power Rangers entram aqui também e alguns grupos anteriores a esse famoso). Não me lembro tanto das histórias desses heróis, mas me lembro que gostava bastante.
Depois deles vieram outros heróis, um que marcou época inclusive para mim foi “Os Cavaleiros do Zodíaco”. Deste eu me lembro bem, porque assisti e até hoje assisto algumas coisas. Acho que posso dizer que sou fã dos “Heróis de Atenas”.
Cavaleiros do Zodíaco foi a série que marcou minha infância e começo de adolescência. Eu assistia todos os dias quando passava no canal Manchete as 6 da tarde e depois nos outros canais. Quando jovem, escrevi muitos contos com seus personagens e tentei inúmeras vezes aprender a desenhar para tentar reproduzir os desenhos em situações diferentes às desenhadas pelo grande Masami Kurumada e sua equipe.
Hoje posso dizer que não consigo mais assistir o anime do começo, nem ler seu mangá, porque como todo bom cavaleiro “o mesmo golpe não me atinge duas vezes” (?) Não! Na verdade, é porque eu prefiro guardar os sentimentos e a história com meus olhos de criança, e eu não teria a mesma paixão por cada episódio hoje, o meu eu de hoje prefere as histórias inéditas.
Mas por que revivi todas essas memórias da minha infância? Porque estava pensando em sua história, seus personagens principais e seu protagonista: o tão detestado Seiya de Pégaso. Se antes eu fazia parte das pessoas que não gostavam dele, hoje posso dizer que o admiro. O Seiya era o líder do grupo e a melhor característica dele era a persistência. Todo mundo sabe que o Seiya não desistia, ele tinha um objetivo muito claro e fez de tudo para alcançá-lo, mesmo com todos dizendo que era impossível! Se você recordar um pouco da série vai lembrar que mesmo os “poderosos” cavaleiros de ouro diziam ser impossível atravessar as 12 casas. Pois é, não é que Seiya e sua turma foram lá e fizeram!
Me recordando disso tudo eu vi o quão ricas eram essas séries, elas traziam bons valores a quem as assistia. Tudo bem que os Cavaleiros morriam, reviviam, morriam, reviviam, morriam, reviviam,… Mas eles não desistiam. Além disso, os 5 principais cavaleiros eram unidos, eles respeitavam as características e habilidades de cada um e confiavam uns nos outros para fazerem tarefas consideras impossíveis.
Não é que saíamos de uma série dessa sentindo-nos as crianças mais perseverantes e mais fãs do trabalho em grupo, mas isso de alguma forma marcou nossas maneiras de pensar e de agir. Eu nunca tive uma deusa para salvar, mas quando entrei na faculdade pela primeira vez me vi procurando a minha “Atena” e por muitos anos essa foi a minha luta, em que eu perseverei e com muita ajuda conquistei. Então acredito que de alguma forma eu também me tornei um Cavaleiro de Atena.