É difícil escolher uma única cor, porque a vida é feita de tantas cores. Da infância, da velhice, das pessoas ao redor, das situações, dos sentimentos, das casas, quintais e nuvens. São tantas cores, por que escolher uma só?
Quando eu era criança, eu era cor-de-rosa. Meu chapéu tinha que ter alguma coisa rosa. Minhas roupas, rosa. Meus brinquedos, rosa. Mas minha heroína preferida usava roupa verde. E a peça de roupa que tenho guardada dessa época é dourada.
Na adolescência eu usava preto. Maquiagens pretas, acessórios pretos, tênis pretos. Mas te conto com franqueza, não dá para usar roupa preta no calor de Ribeirão Preto! E por isso as roupas eram claras. E os sentimentos azuis céus de liberdade.
Depois fui vermelha UFSCar. Sofria e sorria dentro da universidade que se representava pelo vermelho alaranjado. O sangue que corria dentro de mim, pulsava era de ansiedade e dúvidas. Era sangue nos olhos de persistência.
Então troquei de curso e me tornei azul publicidade. Azul de calça jeans. Xadrez colorido. O cabelo castanho, virou azul, virou branco. Hoje está perdido. A esperança que mora no meu peito é verde. Talvez fora sempre assim.
Minha caneca preferida é vermelho universidade. Minha bebida preferida é marrom café. Minha camisa preferida é xadrez em amarelo azul rosa roxo. Minha casa é amarela. Minhas tatuagens são pretas. O verde menta continua no meu peito. E o meu texto? Sempre que possível, colorido!